Em 1939, no Japão, o dermatologista Dr. Okuda iniciou a técnica de transplantar enxertos de pele de couro cabeludo com cabelos em áreas queimadas, também do couro. A partir de suas observações, pôde constatar que os fios de cabelo permaneciam crescendo, mesmo após o transplante capilar.
Apesar da valiosa descoberta e pesquisa, o material ficou perdido por muitos anos, desde a morte do Dr.Okuda durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1950, o também dermatologista Dr. Norman Orentreich redescobriu a técnica, utilizando-a como tratamento de calvície, diferentemente da ideia inicial. Ele notou que o cabelo removido sem o código genético da calvície e transplantado em outra área, mantinha suas características. Com o decorrer do tempo e com o uso de novos instrumentos e métodos, a comunidade médica optou pelas práticas utilizadas hoje no implante capilar.
O implante capilar, pode ser chamado também de transplante capilar ou ainda microtransplante capilar e é definitivamente a melhor solução para combater a calvície. A técnica de implante capilar conserva os folículos colocados na área a ser tratada, a fim de não prejudicar seu crescimento posterior e preservar a densidade e o volume capilares. Pacientes que possuem maior quantidade de unidades foliculares agrupando três fios, por exemplo, terão maior densidade e volume no resultado do seu transplante capilar. Procure um médico de confiança e escolha o procedimento adequado para o seu caso.
Como é feito?
O procedimento retira os fios da região denominada doadora e os transplanta para a região calva, chamada de receptora. A partir de análises, delimita-se a ação da calvície, avaliando sua evolução, o tipo de rosto do paciente e as regiões doadoras e receptoras. O médico examinará um arquivo fotográfico e laboratorial do couro cabeludo do paciente e a partir daí, priorizará as regiões mais afetadas pela calvície.
O transplante capilar se inicia com a remoção de uma área pequena do couro cabeludo, onde as unidades foliculares são divididas. Toda a estrutura do fio, composta pela raiz, glândulas sebáceas e anexos, responsável por sua fixação no couro cabeludo, será transplantada para a região calva. O procedimento ocorre sob o efeito de anestesia local e leve sedação endovenosa, com o objetivo de controlar a ansiedade do paciente.
O médico utiliza lâminas microcirúrgicas para fazer incisões na região que receberá os folículos. Para garantir um resultado natural, as unidades foliculares são implantadas com uma distância mínima de um milímetro. Assim, quando o processo de crescimento dos fios tiver início, o cabelo acompanha os traços naturais da região na qual foi implantado.
O implante capilar tem duração média de quatro horas. A cicatriz resultante do procedimento é praticamente imperceptível, localizada na região doadora e coberta pelo cabelo. O desconforto ocasionado no pós-operatório é mínimo e as atividades normais podem ser retomadas em, no máximo, dois dias.
Resultado
Os resultados de transplantes capilares, geralmente, são os mais naturais, pois o material não é artificial, uma vez que o cabelo utilizado é do próprio paciente. O tipo de cabelo também interfere no resultado final. Os cabelos mais finos, claros e lisos ficam mais naturais do que os grossos e escuros. Este tipo de cabelo, por sua vez, proporciona maior volume no resultado final.