Quando fazer e quando não fazer o implante capilar?

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Estima-se que mais de 25 milhões de brasileiros do sexo masculino sofram de algum grau de calvície ou alopecia androgênica. “Andro” refere-se aos andrógenos (testosterona, dihidrotestosterona) necessários para produzir cabelo nos homens e “gênica” refere-se ao gene herdado necessário para esta forma de calvície ocorrer.

Nos homens, a perda de cabelo pode começar a qualquer momento após a puberdade, quando os níveis sanguíneos de androgênios sobem. A primeira mudança é geralmente recessão nas áreas temporais, que ocorre em cerca de 96% dos homens, incluindo aqueles não destinados a progredir para a calvície.

Sem dúvida, existem muitas pessoas que, aos poucos, habituam-se à queda progressiva dos fios, acostumando-se com o novo visual, para as quais a calvície pode ser considerada uma questão bem resolvida. Para a maior parte, no entanto, a perda do cabelo representa também uma significativa perda de autoestima.

São muitos os relatos de quem começou a evitar o convívio social, deixando de ir a lugares a que frequentavam devido à calvície ser, muitas vezes, motivo de chacota. Alguns até pensam em realizar a cirurgia para diminuir a testa, porém, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores as possibilidades de êxito.

Na impossibilidade do tratamento clínico, com medicação oral, tópica e/ou procedimentos clínicos, o implante capilar pode ser a saída mais indicada.

Tratamento

Antes de recomendar o melhor procedimento para o implante capilar, o cirurgião especialista deve analisar o couro cabeludo para determinar a causa da perda de cabelo.

Na maioria dos casos, o paciente apresenta alguma forma de calvície padrão, masculina ou feminina, uma condição que é simples de diagnosticar e que demandará tratamento sob cuidados médicos. Se o exame constatar a possibilidade da queda de cabelo ter outra causa, é necessário realizar testes para identificá-la.

Implante capilar

O transplante capilar é hoje a cirurgia mais comum para calvície, seja de padrão masculino ou feminino. Consiste em tirar fios de uma área do corpo, que chamamos de área doadora, e implantar em outra, que chamamos de área receptora.

Existem duas técnicas para realizar a retirada de fios do couro cabeludo. A mais comum delas é chamada Transplante de Unidades Foliculares (FUT em inglês). Nela, uma faixa de tecido do couro cabeludo repleto de fios é cortada e descolada da cabeça. A partir dela, são preparados enxertos menores, constituídos de um ou mais folículos.

A outra técnica para retirar os fios da área doadora é chamada de Extração de Unidades Foliculares (FUE em inglês). Nela, cada unidade folicular é extraída diretamente do couro cabeludo com uso de uma ferramenta de punção, que faz um pequeno furo ao redor do folículo e puxa-o. A vantagem desta técnica é não deixar cicatriz na área doadora. É a técnica mais indicada para pacientes com pouca elasticidade na área doadora e também quando não há uma área doadora com tanta concentração de fios, já que permite selecionar folículos aleatoriamente de uma região mais ampla (estes serão os folículos implantados na região receptora. Em muitos casos, é indicada uma combinação das duas técnicas.

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